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Polo Aquático: Joan Lluís Albella – “Cimentar uma boa base no clube é a minha prioridade”

Recém-chegado ao Clube Fluvial Portuense, o treinador Joan Lluís Albella assumiu desde o início desta época o comando da equipa sénior masculina, campeã nacional em título, e a coordenação técnica secção de Polo Aquático. Bem-vindo, Joan!

– O que esperavas encontrar na tua chegada ao Fluvial? Correspondeu às expectativas?

Conhecia a realidade do clube porque me foi explicada e conhecia as instalações e equipamentos que teria à disposição. A partir de agora só me resta melhorar e trabalhar para fazer as coisas funcionarem o melhor possível.

– Já passaram três semana, quase um mês, desde a tua chegada. Que balanço fazes?

Sim, a verdade é que estou bem, a trabalhar com vontade, observando muito. Há muito trabalho a fazer. Vejo muitas coisas que, com um pouco de esforço, podemos melhorar e outras mais complexas, mas que não tenho dúvidas que com trabalho irão melhorar também.

– O que achas do clube?

Um clube histórico, enorme e de tradição. É um prazer poder representá-lo e terem depositado em mim a confiança para comandar a secção de polo aquático.

– Qual o teu maior desafio aqui no Fluvial?

A importância e viabilidade da modalidade do clube passam por ter uma base estável, com muitos jogadores e jogadoras com bom nível de polo aquático. Cimentar uma boa base no clube é a minha prioridade e, sobretudo, educar e disciplinar os jovens jogadores, já que estes são aspectos fundamentais num desporto de equipa.

– Qual o principal objectivo que traçaste esta época para o clube?

Será sem dúvida a captação de novos meninos e meninas com idades dos 5 aos 10 anos. Acredito que são as idades ideais para começar e neste momento estou muito contente porque parece que estão a aderir à modalidade no clube, cada dia somos mais!

– Já te sentes “em casa”?

Ainda cá estou há pouco tempo mas a verdade é que a direcção me tem tratado de forma incrível. Estou muito bem aqui.

– O Fluvial é o clube mais antigo do Porto e do Norte do país. Sentes o peso dessa história?

Estou há três semanas no clube e na cidade e a magnitude do Fluvial é evidente. É um clube com história, muitas secções e que respira desporto. Encanta-me.

– Existem certamente diferenças entre a realidade do Polo Aquático português e espanhol. Quais as principais?

Em Espanha dá-se muita importância à base, em muitíssimos clubes. Para mim, e como já tenho vindo a dizer, é essa a chave do êxito de qualquer clube. É como um “património”. Tenho a sensação que em Portugal a pirâmide está completamente invertida: muitos jogadores e jogadoras mais velhos e muito poucas crianças. É uma diferença fundamental em relação a Espanha. Quanto mais jogadores houver, melhor será o nível. Há que dar muita importância à captação e aos treinos dos mais pequenos. Haverá certamente muitas mais diferenças que iremos tentar corrigir.

– A equipa sénior masculina participa este fim-de-semana num torneio em Madrid. O que esperas do torneio? Qual a importância destes contactos para a equipa?

Continuamos a jogar contra equipas que não são habituais para o Fluvial, com o objectivo de ganhar experiência e construir um grupo coeso, tentando incutir uma disciplina e modelo táctico completamente novo.

– Que expectativas tens para a Liga dos Campeões, na próxima semana?

Todos sabemos que vamos jogar contra os melhores da Europa. Jogadores que são profissionais, que vivem de e para jogar Polo Aquático, e Portugal não é um país com essa tradição. Creio que devemos utilizar a participação na Champions para mostrar a todos os nossos jogadores e jogadoras o caminho que nos falta percorrer para nos aproximarmos do nível dos melhores. As nossas hipóteses são quase nulas e creio que devemos ter consciência disso e acompanhar e apoiar a equipa nesses jogos. Posso garantir que daremos 110% em cada jogo. Devemos tentar ter a piscina cheia de apoiantes e crianças que desfrutem dos craques que vamos ter a sorte de poder ver ao vivo.

– Falta um mês para a Supertaça. O que esperas desse encontro?

Espero que a equipa já tenha as novas ideias tácticas bem assentes e consolidadas para poder estar num bom nível.

– O que esperas do Campeonato Nacional?

Tenho muita vontade que se iniciem os campeonatos de todos os escalões e de ver como poderemos melhorar dia a dia. Estou muito expectante com os sub-11 porque seria muito bem que Portugal tivesse campeonato nesse escalão. Caso se verifique irei lutar para que o Fluvial possa inscrever, no mínimo, duas equipas.


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