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Fluvial: Comunicado Polo Aquático
- By Fluvial
Esclarecimento relativamente à não comparência da equipa masculina no jogo frente ao Naval Povoense a 06/02/2021

COMUNICADO
A TODA A FAMÍLIA FLUVIALISTA
Conforme é do conhecimento de todos, no passado dia 06/02/2021 esteve agendado jogo de Polo Aquático entre a equipa senior do nosso Clube Fluvial Portuense e o Clube Naval Povoense.
Conforme é do conhecimento dos interessados e mais atentos, a nossa equipa Sénior não se apresentou ao referido jogo.
Cumpre agora esclarecer toda a Família Fluvialista da justificação para o sucedido.
No mês de Janeiro ocorreu pico Pandémico adveniente da COVID 19 que originou inclusive e preventivamente o encerramento das instalações das piscinas do nosso Clube mesmo antes do Decretamento de tal encerramento pelo Governo.
A Equipa masculina absoluta esteve em isolamento profiláctico que terminou no dia 02/02/2021.
Quer isto dizer que os atletas tiveram paragem de treinos durante 15 dias sem qualquer exercício físico, considerando também as cautelas que se exigem no isolamento profiláctico.
Nessa sequência, prontamente comunicamos à FPN a nossa situação e necessidade de adiar o jogo pois não poderíamos exigir aos nosso atletas competir sem qualquer preparação, com os riscos advenientes para a saúde dos nosso atletas que muito preservamos.
A Direcção da FPN informou que apenas poderia adiar o jogo com a anuência dos dois Clubes.
O Clube Fluvial Portuense contactou a equipa visitada Clube Naval POVOENSE (CNPO) explicando toda a situação, tendo a equipa visitada comunicado que não aceitava o adiamento do jogo.
Perante esta situação, o Clube Fluvial Portuense no dia 03/02/2021 enviou a seguinte comunicação à FPN:
“Ex.mos Senhores,
O Clube Fluvial Portuense tudo tem feito para honrar os compromissos desportivos que assumiu.
No entanto, recordamos que:
- a nossa equipa absoluta masculina de polo aquático, só ontem, dia 2 de Fevereiro, saiu de isolamento profilático, e consequentemente, está sem treinar desde o dia 19 de Janeiro;
- da indisponibilidade da nossa piscina, pelo menos até dia 7 de Fevereiro ;
- a omissão no Regulamento para a Retoma da Prática e Competições de Polo Aquático – COVD-19 – 2020-2021, quanto à situação de isolamento profilático coletivo, não prevendo um período de recuperação, após uma pausa forçada da totalidade da equipa.
Lamenta-se, a dualidade de critérios das Unidades de Saúde Pública, ao colocarem discriminadamente algumas equipas em isolamento profilático, e outras não. Não queremos presumir que poderão existir testemunhos “incompletos” no inquérito epidemiológico, que à data de hoje, configuram crime.
Em face disto, e tendo em conta a resposta do Clube Naval Povoense, não estarão reunidas as condições para a realização do jogo, não só por uma questão de verdade desportiva, mas e principalmente, na defesa da saúde dos n/ atletas.
Pois que para além da inatividade de toda uma equipa durante mais de duas semanas, existe ainda um risco acrescido, que ainda é desconhecido, mas que não pode ser ignorado, resultante das sequelas pós COVID-19, mas que importa acautelar.
Caberá à Federação Portuguesa de Natação, enquanto entidade e organismo responsável pela natação em Portugal, a resolução desta situação, e ao Clube Fluvial Portuense, aceitar a decisão que vier a ser tomada, na certeza de que sempre defendeu, os interesses da natação, e em particular, dos seus atletas.
Face ao exposto, informamos que a equipa Masculina Sénior do Clube Fluvial Portuense não comparecerá no próximo jogo designado para próximo dia 06/02 por não estarem asseguradas as condições de saúde dos seus atletas, quer pela ausência de treino, quer pela quantidade de casos COVID de atletas contagiados.”
Recordamos que no passado dia 23/03/2020 a FPN publicou no seu site o seguinte anuncio:
“A Federação Portuguesa de Natação (FPN) tem estado atenta ao problema decorrente da pandemia que assola o Mundo inteiro e que tem criado constrangimentos muito fortes naquilo que são as condições mínimas de treino para a preparação dos nadadores já apurados para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos, mas também aqueles que tinham em mente atingir essa aspiração.
Em absoluta articulação com o Governo e com as entidades responsáveis pelas missões Olímpica e Paralímpica, a FPN tem trabalho arduamente para ir ao encontro daquilo que são as instruções e recomendações para a defesa da saúde de todos e, particularmente, dos nadadores e treinadores relativamente ás suas relações com as necessidades de preparação especializada.
Temos consciência que o Comité Olímpico Internacional (COI), o Comité Organizador dos Jogos Olímpicos e o Governo do Japão se encontram numa encruzilhada de muito difícil resolução, em que os trabalhos de preparação de quatro anos consecutivos, com milhares de reuniões, centenas de contratos firmados e milhões de dólares investidos em logística e outros, dificultam uma decisão.
No entanto, a saúde de toda a humanidade e fundamentalmente dos eventuais participantes, os princípios do olimpismo, os princípios do Desporto, enquanto emanação da otimização da “performance” do ser humano, os fatores psicológicos e a falta de equidade, levam-nos a refletir sobre a contradição existente entre a realização dos Jogos e aquilo que representarão para o Mundo, se se concretizarem.
Em função disto, a Federação Portuguesa de Natação, considera que não estão reunidas as condições mínimas para a organização dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Tóquio 2020, e apela aos organizadores que promovam o adiamento das competições, a bem da saúde física e mental de todos e no sentido da preservação daquilo que move o Olimpismo.
Cabe, no entanto, à FPN, enquanto tal medida não for assumida pelos organismos responsáveis, e sempre que as condições de segurança esteja asseguradas, o acesso restrito e excecional aos nadadores integrados no programa de preparação olímpica e paralímpica que entendam estarem reunidas as condições mínimas de preparação.”
Não parece ter sido este o critério propugnado pela FPN com o tratamento que utilizou para lidar com a situação.
Recordamos que existem graves sequelas que ainda não são conhecidas para os atletas que tenham sido contagiados e ainda não se sabe ao certo as consequências para a saúde dos desportistas contagiados, e, bem assim, para os desportistas que não treinam (por não terem essa possibilidade e serem obrigados a isolamento) e que de imediato entram numa competição.
Estamos atentos e a ser acompanhados por médicos que aconselham os nossos atletas.
Conclui-se então que o Clube Fluvial Portuense avisou a FPN que não iria competir, por facto que não nos é imputável – não se admite sequer conjeturar que a ausência à competição decorreu de vontade própria, pois o que o CFP e seus atletas o que mais pretendem é e sempre foi competir!
Apesar de todo o exposto, não só mantiveram toda a estrutura e equipas restantes no inicio do jogo como até ocorreu pelos meios de comunicação uma alegada surpresa para o sucedido, o que, face ao que supra se relata, não foi de todo surpresa e deveria ter sido evitado pelos responsáveis.
Somos Clube com grande responsabilidade Social e por isso entendemos que não se devem correr quaisquer riscos de saúde para os nossos atletas.
Há princípios éticos e morais inquebráveis para o nosso Clube e sabemos que esta é, pois, a verdade desportiva que se impunha esclarecer.
Somos dignos, honramos e queremos ser honrados nas vitórias e nas derrotas, mesmo nestas condições.
Bem haja a toda a Massa Associativa do nosso Clube que sabemos compreendem e concordam com a atuação supra, conforme mensagens de conforto que temos recebido e agradecemos.
José Valentim Miranda
(presidente da direção)
&
José Marques
(vice-presidente)